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A popularidade em verticalizar os jardins pode ser recente, porém isso não é novo.
Há 3000 a.C., os egípcios plantavam figos, romãs, acácias, louro, tamareiras, íris e heras por meio de colunas e muros de pedras, entorno de um canal, poço ou lago. Ainda que os jardins sejam vistos como uma forma do ser humano tentar domesticar a natureza, no Egito antigo era uma forma de aplacar o calor.
Os romanos tinham o jardim como uma mistura de contemplação e intelectualidade, “ Se você tem um jardim e uma biblioteca, você tem tudo que precisa” Marco Túlio Cícero (63 a.C) .Cultivavam vinhas nas paredes com grades de madeira e as rosas trepadeiras faziam parte do jardim romano com destaque pois eram consideradas a flor do amor e esperança.
Várias culturas em diversas épocas, cultivaram e planejaram seus jardins, e muitos o fizeram verticalizando, seja por motivos estéticos ou por conta das condições geográficas locais, onde a criação de terraços era a melhor solução para escalonar a horticultura em regiões montanhosas.
É o caso dos Jardins Suspensos da Babilônia. Embora considerada uma das Sete Maravilhas do Mundo, sua existência ainda é contestada pelos historiadores, porém surgem como um dos primeiros exemplos de uma criativa abordagem no paisagismo.
A primeira sugestão patenteada de jardim vertical como conhecemos hoje, vem de 1932 através do professor de arquitetura e paisagismo da Universidade de Illinois , Stanley Hart White.
Nomeada por ele como “tijolos botânicos”, sua invenção é bem parecida com o gabião, aquela estrutura feita como uma gaiola quadrada de aço galvanizado, recheada de pedras para drenarem a água, muito utilizado em muros de arrimo.
Os “ tijolos botânicos” do professor Stanley eram como uma versão menor, com basicamente o mesmo princípio, sua ideia era a de poder construir rapidamente paredes onde trepadeiras e flores pudessem crescer permanentemente, e dessa forma ,mudar a paisagem externa bem como utilizá-los em feiras mundiais, jardins internos, pátios urbanos.
Contudo, a parede verde de Stanley Hart White, só veio a se popularizar através de Patrick Blanc, quase 50 anos após a patente da invenção. Botânico e especialista em plantas tropicais, Blanc reinventou a parede verde a sua primeira instalação de parede verde em 1986, no Museu de Ciência e Industria de Paris.
Desde então, suas criações foram se espalhando em várias partes do mundo assim como o conceito de verticalização tanto para servir decorativamente quanto para a agricultura urbana.
quais são as categorias de paredes vivas?
Como vimos, alguma forma de jardinagem vertical já existem a muito, muito tempo. Provavelmente o mesmo tempo em que os humanos começaram a plantar. Os sistemas, de como fazer isso, foram evoluindo conforme o propósito a ser utilizado. Exemplo disso é o avanço da hidroponia se desenvolvendo e cada vez mais tecnológica em fazendas urbanas.
A hidroponia e a aeroponia são sistemas de verticalizar o plantio. Se formos ampliar mais o modo de ver isso, os terraços de plantio, como os incas desenvolveram e até hoje encontrado nos Andes, também é uma verticalização, na montanha, mas sim é uma verticalização em grandes proporções.
Trazendo para uma parede, temos 3 categorias:
1- parede verde modular : também conhecida como parede verde ou jardim vertical, trata-se de uma estrutura vertical, que pode ser de várias formas, como sacos ou bolsas de feltro fixadas na parede; uma estrutura de aço ou madeira fixada na parede e sobre elas e colocada uma rede calhas ou módulos nos quais as plantas são plantadas. Um sistema de irrigação vai levar água e nutrientes com regularidade para cada planta.
2- fachadas verdes: ou paredes trepadeiras, fachadas trepadeiras vão utilizar plantas trepadeiras, árvores ou arbustos plantadas a base do muro, cerca ou outra estrutura, em canteiros, vasos ou jardineiras e depois orientadas a crescerem em uma treliça. É um método milenar, e podemos ver exemplos de fachadas de casas na Europa com trepadeiras seculares. Hoje em dia o uso de treliças em aço inoxidável e sistema em cabos e barros de aço inoxidável é bem utilizado.
3- jardins suspensos: ou parede suspensa, tratam-se de floreiras, vasos ou jardineiras fixadas em uma parede.
Um jardim vertical traz as pessoas e a comunidade bem-estar e saúde pois sua estética é mais agradável que outras soluções convencionais de parede além de possibilitar cultivo alimentar.
De acordo com estudos ambientais internacionais como os feitos pelo BREEAM ( Método de Avaliação Ambiental de Estabelecimento de Pesquisa em Edifícios -Reino Unido ), as paredes verdes podem proporcionar:
– proteção solar, reduzindo significativamente a temperatura externa de um edifício, variando entre 5°C a 10°C dependendo da cobertura de vegetação utilizada.
– durante o inverno, as plantas criam um colchão de ar próximo a parede, as plantas perenes pode reduzir a convecção na superfície da parede em até 75% e a necessidade de aquecimento em até 25%.
– reduzem as ilhas de calor urbano, pois interceptam a radiação luminosa e térmica.
– protegem a superfície dos edifícios de chuvas de granizo e outros danos causados por chuvas fortes.
– retém a poeira, poluentes em suas folhas além de diminuir dentro e fora dos ambientes por conta da capacidade de absorção sonora das plantas.
– melhora a qualidade do ar
– ajudam a reduzir a poluição luminosa, protegendo as luzes públicas e removendo as paredes reflexivas.
Uma da melhores coisas sobre jds verticais é que eles podem ter uma infinidade de usos: práticos, estéticos ou ambos.
A expansão constante nas grandes cidades vão limitando os espaços. Ou seja, a necessidade de se ter segurança alimentar, de forma sustentável, está contribuindo para o aumento do interesse nos jardins verticais.
Seja para se ter uma horta ou plantas ornamentais, os jardins verticais vão contribuir pra saúde física e mental das pessoas otimizando espaços.
guarde a inspiração para mais tarde
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